quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Só acaba quando termina

Todos os anos, no mês de outubro, eu escrevo alguma coisa sobre o que chamamos aqui em casa de “outubrite”. O mês em que já estamos cansados e doidos pra entrar de férias. E vamos nos arrastando até o natal...

Neste ano, após várias semanas de “parada obrigatória” por causa de uma cirurgia, eu me sinto bem diferente. Como se estivesse “despertando” de um longo sono e com muita vontade de fazer muitas coisas. Ainda não estou bem para voltar à ativa, então preciso deixar o freio de mão puxado, apesar do pé já estar no acelerador.

Após tantas leituras, reflexões, tempo com Deus, minha mente criativa começou a se encher de ideias e novos projetos. Fiquei pensando nas coisas que tive medo de fazer e que precisava finalmente encará-las. Considerei listar tudo o que eu gostaria de fazer e não tive coragem. Fui viajando na maionese até que um leve puxãozinho me fez lembrar que eu tenho algumas coisas pra terminar antes...

Durante um bom tempo todos os meus e-mails iam com a assinatura “Terminar bem é tão importante quanto começar bem”. Não é um versículo, é uma frase de autor desconhecido, mas que começou a fazer sentido para mim quando percebi tanta gente boa começando bem, mas se perdendo no caminho. Meu ponto aqui era a perseverança. Mas várias pessoas iam interpretando a frase de acordo com seu momento de vida, e uma delas comentou comigo: “percebi que tinha uma situação mal resolvida e entendi que precisava terminar direito”. Bom, acho que agora, para mim, é o que a frase significa.

Entendi que antes de me lançar a novos projetos, preciso dar uma olhada no que ficou pra trás. Todo ano a gente lista as ideias e faz planos (o que é muito bom!), mas vai abandonando muita coisa inacabada pelo caminho. Como diria a mãe de uma amiga, esquece de “amarrar as pontas”. Muitas vezes o primeiro passo para começar algo novo é terminar o que ficou inacabado. Este é meu desafio neste final de ano!

Então minha meta agora é olhar realisticamente para os meus planos pra 2013, e decidir o que vou fazer com cada um deles. O que preciso encarar e concluir. O que preciso reconhecer que não vou concluir este ano. O que preciso abandonar – de forma consciente, objetiva. Pendências sugam nossa energia, que poderia estar sendo canalizada positivamente. Em nossas vidas precisamos aprender a fechar ciclos – no trabalho, em relacionamentos, sempre debaixo da luz de Cristo.

Sei que assim que terminar meu estado de convalescença (que só “acaba quando termina”), vou direcionar meu foco a fim de terminar 2013 de verdade, sem deixar pendências para trás, e quem sabe pronta para encarar novos desafios no próximo ano. Ainda faltam 3 meses, e por mais que o tempo passe rápido, ele pode ser muito bem aproveitado.

Este é o grande privilégio de seguirmos a Jesus: não precisamos provar nada a ninguém, fingir, fugir, tropeçar no escuro ou atropelar as coisas. Somos tão livres para sermos honestos e temos nEle toda força que precisamos para viver do jeito certo, conforme o plano que Ele tem para nós. Não é autoajuda. É ajuda do Alto mesmo. O Espírito Santo é perfeito e sábio para nos ajudar a “passar a limpo” a nossa vida, antes de seguirmos adiante.


E então, vamos nessa?

Um comentário: