Todos os anos, no mês de outubro, eu escrevo alguma coisa
sobre o que chamamos aqui em casa de “outubrite”. O mês em que já estamos
cansados e doidos pra entrar de férias. E vamos nos arrastando até o natal...
Neste ano, após várias semanas de “parada obrigatória” por
causa de uma cirurgia, eu me sinto bem diferente. Como se estivesse “despertando”
de um longo sono e com muita vontade de fazer muitas coisas. Ainda não estou
bem para voltar à ativa, então preciso deixar o freio de mão puxado, apesar do
pé já estar no acelerador.
Após tantas leituras, reflexões, tempo com Deus, minha mente
criativa começou a se encher de ideias e novos projetos. Fiquei pensando nas
coisas que tive medo de fazer e que precisava finalmente encará-las. Considerei
listar tudo o que eu gostaria de fazer e não tive coragem. Fui viajando na
maionese até que um leve puxãozinho me fez lembrar que eu tenho algumas coisas
pra terminar antes...
Durante um bom tempo todos os meus e-mails iam com a
assinatura “Terminar bem é tão importante quanto começar bem”. Não é um
versículo, é uma frase de autor desconhecido, mas que começou a fazer sentido
para mim quando percebi tanta gente boa começando bem, mas se perdendo no
caminho. Meu ponto aqui era a perseverança. Mas várias pessoas iam
interpretando a frase de acordo com seu momento de vida, e uma delas comentou
comigo: “percebi que tinha uma situação mal resolvida e entendi que precisava
terminar direito”. Bom, acho que agora, para mim, é o que a frase significa.
Entendi que antes de me lançar a novos projetos, preciso dar
uma olhada no que ficou pra trás. Todo ano a gente lista as ideias e faz planos
(o que é muito bom!), mas vai abandonando muita coisa inacabada pelo caminho.
Como diria a mãe de uma amiga, esquece de “amarrar as pontas”. Muitas vezes o
primeiro passo para começar algo novo é terminar o que ficou inacabado. Este é
meu desafio neste final de ano!
Então minha meta agora é olhar realisticamente para os meus
planos pra 2013, e decidir o que vou fazer com cada um deles. O que preciso
encarar e concluir. O que preciso reconhecer que não vou concluir este ano. O
que preciso abandonar – de forma consciente, objetiva. Pendências sugam nossa
energia, que poderia estar sendo canalizada positivamente. Em nossas vidas
precisamos aprender a fechar ciclos – no trabalho, em relacionamentos, sempre
debaixo da luz de Cristo.
Sei que assim que terminar meu estado de convalescença (que
só “acaba quando termina”), vou direcionar meu foco a fim de terminar 2013 de verdade, sem
deixar pendências para trás, e quem sabe pronta para encarar novos desafios no
próximo ano. Ainda faltam 3 meses, e por mais que o tempo passe rápido, ele
pode ser muito bem aproveitado.
Este é o grande privilégio de seguirmos a Jesus: não
precisamos provar nada a ninguém, fingir, fugir, tropeçar no escuro ou atropelar as
coisas. Somos tão livres para sermos honestos e temos nEle toda força que
precisamos para viver do jeito certo, conforme o plano que Ele tem para nós. Não é autoajuda. É ajuda do Alto mesmo. O
Espírito Santo é perfeito e sábio para nos ajudar a “passar a limpo” a nossa
vida, antes de seguirmos adiante.
E então, vamos nessa?
D+
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