terça-feira, 10 de julho de 2012

Como é sua família?


Como é sua família?


Há muitos anos atrás o meu filho caçula, com uma sabedoria que só as crianças têm, resolveu me contar: “mãe, toda a minha alegria e toda a minha tristeza é por causa de vocês”.


Admito que esta foi uma das melhores definições de família que já ouvi, apesar de dolorosa.


Ele olhou para mim e sentiu muito prazer em sua mamãe; mas lembrou-se também de que muitas vezes eu o frustrava – forçava a fazer coisas que ele não queria, e não deixava fazer outras coisas que tanto queria. E, preciso assumir, cometia erros e injustiças.


Traduzindo em linguagem adulta: da família vêm nossas maiores alegrias e nossas maiores tristezas. Somos profundamente afetados por ela.


Mesmo aqueles não constituíram sua própria família, casando-se e tendo filhos, possuem marcas profundas desta experiência intensa de pertencer a uma família. Ninguém fica de fora.


A Bíblia mostra sem falso pudor o que é a vida em família: fonte de alegria e de dor. Podemos ali ler inúmeras histórias de encontros românticos, casamentos, traições, ciúmes, brigas entre filhos, lealdade, companheirismo, etc. e etc.


Porque somos cristãos e chamados para andar no Espírito, não devemos fingir que as lutas não existem. Sim, elas sempre existiram. Fazer de conta que nossa família é perfeita porque isto nos faz sentir bem com Deus e com as outras pessoas é fechar os olhos para tantas histórias contadas na Bíblia, e com o propósito claro de nos ensinar a não cometer os mesmos erros.


Vamos começar admitindo as marcas que levamos conosco, por causa da família.


Vamos olhar com gratidão para todas as coisas belas que existem na família que tivemos e na que ainda temos (família nunca deixa de ser família!).


Vamos também “encarar de frente” nossas deficiências, erros do passado e do presente, dar crédito à perspectiva de quem está “de fora” (muitas vezes enxergam bem melhor), reconhecer que mudanças precisam ocorrer. E, principalmente, assumir cada um a sua responsabilidade nesta mudança. 


Já disseram que um diagnóstico correto representa 50% da cura. Se não aprendermos no Senhor a discernir nossas carências, estaremos até mesmo orando de forma errada e deixando de tomar decisões e atitudes que a Bíblia já nos ordenou.


Mas se não agirmos em direção a esta cura, só o diagnóstico não será suficiente. 
E neste caso, o remédio é para todos, sem exceção.


Que nossas famílias, que nos trazem tanto prazer e dor ao mesmo tempo, estejam abertas ao toque do Senhor!


Que assim seja!


Nane.