quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Vivendo e aprendendo!

Sei que é um pouco clichê este negócio de “lições que aprendi com a vida...”.
Mas se é verdade o fato de que envelhecer não é garantia de que nos tornamos mais sábios, tem coisas que aprendemos lentamente, e que só o tempo e experiência nos ensinam.

É engraçado que na adolescência a única pressa que eu tinha era de completar 18 anos para tirar carteira. No mais, eu era muito dramática e já aos 14 anos ficava dizendo “ai meu Deus, to ficando velha!”. Morro de rir só de lembrar! Acho que filha caçula carrega eternamente o sentimento de ser “criança”, e mesmo mais tarde quando eu já não era a mais nova da turma (pelo contrário), custei a me acostumar com o avanço da idade. 

Até que completei 40 anos e achei o máximo. Divertido por escutar das pessoas, “nem parece, você nem mudou nada!”. Embora eu saiba perfeitamente que mudei sim, é bem divertido parecer mais nova para os outros. Mas fui repetindo e dizendo a mim mesma que já estava com 40, até me convencer disso (jovens me chamando de “tia” e vendedores de “senhora” ajudaram bastante também!). O drama adolescente de “estou ficando velha” já passou faz tempo, e embora a crise da meia idade seja o que se espera no momento, confesso que estou mesmo é aprendendo a curtir esta fase. E finalmente começo a chegar à idade de colecionar “lições de vida”. Bill Hybells nos encoraja fortemente a começar a escrever nossos próprios “provérbios”, como ele diz, “que fornecem conselho focado ou sabedoria instantânea para suas decisões futuras”[1].

Por isso, resolvi comemorar meus 42 anos com uma listinha de 10 provérbios que aprendi em primeira mão, com a minha própria vida. Você pode aprender com eles, ou pode até se sentir o próprio autor de alguns – e nada se compara quando é algo que entendemos internamente, que poderíamos explicar facilmente e citar muitos exemplos, porque faz parte da nossa experiência, faz realmente sentido pra nós.
Vamos lá?
  1. A vida vai ficando mais difícil.
  2. Desconfie de quem faz muita propaganda de si mesmo.
  3. A noite foi feita para dormir.
  4. Nem tudo o que você pensa deve ser dito.
  5. Não economize oração.
  6. Preciso escolher com cuidado quem vai me influenciar.
  7. Deus me dá a chance de recomeçar todo dia.
  8. A indecisão é o elo fraco da vida.
  9. Não sofra calado.
  10. Deus sempre ouve nosso grito de socorro.

[1] “O grande drama das decisões”, Summit 2008.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Só acaba quando termina

Todos os anos, no mês de outubro, eu escrevo alguma coisa sobre o que chamamos aqui em casa de “outubrite”. O mês em que já estamos cansados e doidos pra entrar de férias. E vamos nos arrastando até o natal...

Neste ano, após várias semanas de “parada obrigatória” por causa de uma cirurgia, eu me sinto bem diferente. Como se estivesse “despertando” de um longo sono e com muita vontade de fazer muitas coisas. Ainda não estou bem para voltar à ativa, então preciso deixar o freio de mão puxado, apesar do pé já estar no acelerador.

Após tantas leituras, reflexões, tempo com Deus, minha mente criativa começou a se encher de ideias e novos projetos. Fiquei pensando nas coisas que tive medo de fazer e que precisava finalmente encará-las. Considerei listar tudo o que eu gostaria de fazer e não tive coragem. Fui viajando na maionese até que um leve puxãozinho me fez lembrar que eu tenho algumas coisas pra terminar antes...

Durante um bom tempo todos os meus e-mails iam com a assinatura “Terminar bem é tão importante quanto começar bem”. Não é um versículo, é uma frase de autor desconhecido, mas que começou a fazer sentido para mim quando percebi tanta gente boa começando bem, mas se perdendo no caminho. Meu ponto aqui era a perseverança. Mas várias pessoas iam interpretando a frase de acordo com seu momento de vida, e uma delas comentou comigo: “percebi que tinha uma situação mal resolvida e entendi que precisava terminar direito”. Bom, acho que agora, para mim, é o que a frase significa.

Entendi que antes de me lançar a novos projetos, preciso dar uma olhada no que ficou pra trás. Todo ano a gente lista as ideias e faz planos (o que é muito bom!), mas vai abandonando muita coisa inacabada pelo caminho. Como diria a mãe de uma amiga, esquece de “amarrar as pontas”. Muitas vezes o primeiro passo para começar algo novo é terminar o que ficou inacabado. Este é meu desafio neste final de ano!

Então minha meta agora é olhar realisticamente para os meus planos pra 2013, e decidir o que vou fazer com cada um deles. O que preciso encarar e concluir. O que preciso reconhecer que não vou concluir este ano. O que preciso abandonar – de forma consciente, objetiva. Pendências sugam nossa energia, que poderia estar sendo canalizada positivamente. Em nossas vidas precisamos aprender a fechar ciclos – no trabalho, em relacionamentos, sempre debaixo da luz de Cristo.

Sei que assim que terminar meu estado de convalescença (que só “acaba quando termina”), vou direcionar meu foco a fim de terminar 2013 de verdade, sem deixar pendências para trás, e quem sabe pronta para encarar novos desafios no próximo ano. Ainda faltam 3 meses, e por mais que o tempo passe rápido, ele pode ser muito bem aproveitado.

Este é o grande privilégio de seguirmos a Jesus: não precisamos provar nada a ninguém, fingir, fugir, tropeçar no escuro ou atropelar as coisas. Somos tão livres para sermos honestos e temos nEle toda força que precisamos para viver do jeito certo, conforme o plano que Ele tem para nós. Não é autoajuda. É ajuda do Alto mesmo. O Espírito Santo é perfeito e sábio para nos ajudar a “passar a limpo” a nossa vida, antes de seguirmos adiante.


E então, vamos nessa?