quinta-feira, 16 de agosto de 2018

QUERO FALAR SOBRE DINHEIRO


Os candidatos a um cargo público fizeram o registro de suas candidaturas e declararam seus bens. Ao ouvir os valores, bate uma sensação estranha: uau! Nem sei o que isso significa...

A verdade é que enquanto muitos ao meu redor reclamam da falta de dinheiro, e cada novo desafio financeiro parece estremecer a alma e os ossos, há outro tanto que não está sofrendo assim. Nem estou falando de políticos ou pessoas ricas. Será que entre nós não existem aqueles que têm recursos suficientes para si mesmos e para ajudar os que não tem? Muitos acabam endividados não porque têm pouco dinheiro, mas porque gastam muito para manter um padrão de vida elevado. E nem percebem, porque todos ao seu redor fazem o mesmo.

Estou pensando nessas coisas porque recentemente li vários textos na Bíblia, quase que “por acidente”, que falavam das mesmas coisas. Aquele princípio do “maná”, em que todos recolhiam o tanto que precisavam. Não ia faltar nem sobrar pra mim, mesmo que as quantidades fossem diferentes. Então a igualdade não está no valor absoluto do que cada um tem, mas em não sobrar para uns e faltar para outros. Vemos isso na igreja primitiva em Atos, e vemos Paulo repetindo estes princípios aos coríntios quando os desafiava a doar para ajudar os irmãos judeus pobres de Jerusalém.

Sabemos que Deus é generoso e que Jesus se esvaziou de sua glória e se fez pobre para nos alcançar. A Bíblia não proíbe a riqueza material, mas desafia os ricos a serem generosos. É engraçado, mas tenho visto mais pobres generosos, do que ricos generosos.

Fica aqui meu desabafo e meu desafio. Se você tem o suficiente para compartilhar, compartilhe. Não consuma tudo sozinho. Não deixe sobrar, enquanto está faltando para o seu irmão do lado. Nem precisa ir muito longe, com certeza tem alguém perto de você precisando da sua generosidade.

É isso aí!
Nane.

sexta-feira, 9 de março de 2018

A tentação de duvidar


Na devocional de hoje, em determinado momento, comecei a fazer a oração do “Pai Nosso”. Ao orar “não me deixes cair em tentação”, pedi ao Senhor que me livrasse da tentação de duvidar de sua bondade e amor. Essa é a pior tentação – a que Satanás usou contra Jesus, procurando trazer dúvida sobre a palavra do Pai, que afirmou em alta voz que Ele era o seu Filho Amado, em quem tem prazer.

Pedi então ao Espírito que mantivesse meus olhos abertos para não perder de vista que Jesus me ama muito, incondicionalmente, e que eu posso confiar na fidelidade dEle, em sua bondade, poder e caráter.

Minha mente deu um salto e lembrei do jovem Davi. Com certeza ao enfrentar Golias, ele não estava confiando no seu estilingue! Ele acreditava piamente no Senhor dos Exércitos, e achava de fato um grande desaforo que aquele “incircunciso” estivesse desafiando o povo de Deus. 

Mas ele não teve que enfrentar apenas o gigante. Davi era um garoto que ninguém botava fé: um dos seus irmãos já tinha implicado com ele, dizendo palavras ásperas quando ele apareceu lá no campo de batalha levando a marmita. Ele era apenas um caçula esquecido no campo, cuidando das ovelhas, enquanto o pai apresentava os outros filhos “robustos” ao profeta Samuel. Mesmo assim, Davi acreditava tanto em Deus que já havia vencido um urso e um leão, de forma que para ele não seria diferente vencer o novo desafio – o gigante.

Davi não caiu na tentação de se apegar à opinião pública – ao desprezo da família, à sua aparência “bela” de um caçulinha “café com leite”, à ausência de armadura ou aparatos de guerra, à fragilidade de um estilingue, ao status de pastor de ovelhas, ao medo que o gigante causava em todos. Ele simplesmente acreditou radicalmente no poder de Deus, na sua aliança com seu povo, no seu caráter imutável.

Talvez por isso Davi era um homem segundo o coração de Deus. Sua pureza em simplesmente crer foi o que o justificou. Esta fé foi provada, depurada no fogo, teve altos e baixos... mas foi o que deu vitória a ele, até o fim de sua vida.

“E esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé”. (1 João 5:4).

Nane.